Entenda o conceito de Deepfake e seu uso na distorção da realidade 

Deepfake

Nos últimos anos, uma tecnologia conhecida como deepfake tem ganhado destaque por sua capacidade de criar vídeos e imagens adulteradas de forma extremamente realista. Utilizando inteligência artificial (IA) e outros conteúdos autênticos, como fotos e vídeos, o deepfake permite manipulações convincentes que podem colocar pessoas em situações comprometedoras ou até mesmo falsificar discursos e eventos. 

O termo deepfake surgiu para descrever essa técnica de alteração de vídeos e fotos por meio da inteligência artificial. Com essa tecnologia, é possível substituir rostos em vídeos, modificar falas e até mesmo criar situações completamente fictícias que parecem genuínas. 

Essa manipulação se tornou uma preocupação significativa, levando a medidas como a aprovação de resoluções pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para regulamentar o uso de inteligência artificial nas eleições e proibir o uso de deepfakes em campanhas políticas. 

Um dos aspectos mais alarmantes do deepfake é seu uso em vídeos pornográficos, nos quais rostos de pessoas são inseridos em cenas explícitas sem o consentimento das vítimas. Relatórios indicam que milhares de mulheres tiveram suas imagens falsificadas dessa maneira, gerando sérias consequências para sua privacidade e segurança. 

Além disso, as imagens adulteradas são usadas para manipulação política, como no caso da ex-presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi. Um vídeo deepfake foi criado com base em um discurso autêntico dela, desacelerando a gravação e alterando suas falas para sugerir dificuldades de comunicação. Esse conteúdo enganoso teve ampla circulação nas redes sociais, destacando os riscos associados ao uso indiscriminado de deepfakes. 

Diante dessas ameaças, plataformas como Facebook e Instagram implementaram políticas para lidar com deepfakes, incluindo a remoção de conteúdos enganosos. No entanto, o desafio de combater essa forma de manipulação digital continua presente, exigindo medidas mais robustas e a conscientização sobre os riscos que ela representa para a sociedade. 

Fonte: G1