65% das organizações brasileiras admitem despreparo com a segurança cibernética

A pesquisa “Corporate Security”, realizada pelo OTRS Group, com responsáveis pela segurança cibernética na Alemanha, Brasil, EUA, México e Singapura, revelou que no Brasil, 65% dos entrevistados registraram aumento no número de incidentes de segurança cibernética, sendo que 34% relataram aumentos significativos. Ainda sim, muitas dessas empresas não conseguiram acompanhar o rápido aumento das ameaças. A quantidade de empresas que se consideram preparadas para incidentes cibernéticos caiu praticamente pela metade, quando comparado ao ano passado. No país, esse número foi de 53% em 2021, para 34% em 2022.

Ainda que, mundialmente a contratação de pessoal adicional para os Centros de Operações de Segurança (SOC) seja classificada como uma das três medidas indispensáveis para lidar com o aumento do número de incidentes de segurança, apenas 26% das empresas brasileiras seguiram essas recomendações.

De encontro com essas informações é que 43% dos entrevistados brasileiros consideram que a segurança cibernética não recebe atenção suficiente em sua empresa. Neste grupo, o apelo por investimentos em sistemas está em primeiro lugar (40%), seguido de treinamento de segurança para todos os funcionários (37%), mais infraestrutura (33%) e mão de obra adicional (26%) completam a lista de investimentos considerados necessários.

Para tentar lidar com o aumento expressivo do número de incidentes de segurança, empresas estão escolhendo medidas de curto prazo. No Brasil, 72% responderam que estão revisando com mais frequência, atualizações de sistemas, backups e logins seguros de funcionários, e também estão investindo em treinamentos e conscientização para os funcionários.

Cerca 52% desses empresários adotaram software para monitorar, detectar e prevenir incidentes de segurança e 23% implantaram soluções para responder e gerenciar incidentes de segurança. Porém, as “block lists” para bloquear o tráfego da Rússia foram introduzidas com menos frequência, a média dos mercados pesquisados ficou em 16%. Apenas 22% das introduziram um plano de gerenciamento de incidentes.

Ao nível global, as equipes da Alemanha e do México são as mais insatisfeitas com como a segurança de TI, é tratada em sua empresa, enquanto a satisfação é mais alta nos EUA, com 68%. Contudo, há uma tendência positiva em termos de desenvolvimento de pessoal no Brasil: em comparação com o ano anterior, as equipes responsáveis ​​pela gestão de incidentes cresceram. Enquanto em 2021, 5% das equipes consistiam em apenas um profissional, este ano esse número caiu para 2%. O mesmo desenvolvimento pode ser observado em todos os mercados pesquisados.

Referência: convergência digital